Exercitando a flexibilidade
 
Para vivermos equilibradamente neste mundo em constantes mudanças, precisamos dominar a arte da flexibilidade.

Não estamos sozinhos. Somos seres sociais em perene estado de transformação. A cada instante, certos aspectos de nossa vida estão declinando, e outros, surgindo. É assim que evoluímos.

Diante dos desafios, podemos optar pelo caminho do medo ou o da coragem. No primeiro, utilizamos a rigidez como mecanismo de defesa. No segundo, a flexibilidade que nos impulsiona a ousar, a quebrar paradigmas e, consequentemente, vencer os labirintos da vida.

Certa vez, um discípulo foi ver seu mestre, que estava sobre o leito de morte.
— Não tens ainda alguma coisa a dizer-me? — perguntou o discípulo.
— Então o sábio abriu bem a boca e disse ao jovem para olhar dentro.
— Está aí ainda a minha língua?
— Certamente - respondeu o jovem.
— E os meus dentes, estão ainda aí?
— Não — replicou o discípulo.
— Sabes por que a língua dura mais que os dentes?
— Por quê? — indagou o jovem.
— Porque ela é macia e flexível. Os dentes caem primeiro porque são duros. Agora aprendeste tudo aquilo que vale a pena. Não tenho mais nada a te ensinar.

Para o exercício da flexibilidade não existe simulação.

Fonte: Orvalho para a alma - Litteris Editora RJ