Madrugada adentro
Madrugada adentro o silencio se fecha em mim,
o mundo fica isolado dos meus temores e a inexistência
ganha uma nova moradia. O meu silencio se restringe
apenas ao afogamento das minhas desilusões,
tristezas e desencanto.
A madrugada é fria, minha insônia se comporta
como um vigia... e ouve sussurros, gritos e,
ver o mundo estampado no rosto dos personagens da TV,
a mesma TV que me faz companhia
e me põe a par do que outros não viram,
mas que eu pude ver e entender, porque eu estava lá
e era um dos personagens.
A madrugada parece a amadurecer pensamentos
que eu não tive durante o dia, mas que me propõe
relatar a madrugada inteira em que eu estive acordado.
Na madrugada é possível escutar o coração do mundo bater...
e um novo rumo para as coisas aparecer.
É possível pensar em solução antes que
o problema venha a existir. Em fim:
a madrugada é a previa do amanhecer que:
para muitos não chegarão a existir,
pois é madrugada que vela o sono de
todos os pensamentos que se fará presente ao nascer do sol.