Madrugada adentro

Madrugada adentro o silencio se fecha em mim,

o mundo fica isolado dos meus temores e a inexistência

ganha uma nova moradia. O meu silencio se restringe

apenas ao afogamento das minhas desilusões,

tristezas e desencanto.

A madrugada é fria, minha insônia se comporta

como um vigia... e ouve sussurros, gritos e,

ver o mundo estampado no rosto dos personagens da TV,

a mesma TV que me faz companhia

e me põe a par do que outros não viram,

mas que eu pude ver e entender, porque eu estava lá

e era um dos personagens.

A madrugada parece a amadurecer pensamentos

que eu não tive durante o dia, mas que me propõe

relatar a madrugada inteira em que eu estive acordado.

Na madrugada é possível escutar o coração do mundo bater...

e um novo rumo para as coisas aparecer.

É possível pensar em solução antes que

o problema venha a existir. Em fim:

a madrugada é a previa do amanhecer que:

para muitos não chegarão a existir,

pois é madrugada que vela o sono de

todos os pensamentos que se fará presente ao nascer do sol.

Manoel SSalomão
Enviado por Manoel SSalomão em 28/02/2008
Reeditado em 28/02/2008
Código do texto: T879210
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