A viagem
Ao meu filho Renato
África, dimensão continental das mais belas,
Luanda, Angola, liberdade que respira Mandela,
Paraíso da negritude, do branco e do verde-amarelo,
África de todas as cores, religiões das mais sérias
Acolha em teu seio esse filho abrindo-lhe portas cancelas.
Não era para ir, mama África, mas já que foi, então
Boa sorte, a razão há de dar suporte
Para que ele não sinta só e quando a saudade apertar
Se tiver de chorar chora e não se esqueça
Aqui tem alguém que sente saudade e não chora.
Se com ele tudo falo, me chateio, esperneio
E brigo é porque o amo; do contrário, mama Àfrica,
Eu nada o diria, sabe ele que a estrada é longa,
Que a missão é nobre, por isso o deixei ir sem demora
Mas lutando sempre junto a este velho
Que na América do Sul feliz ou infeliz ainda mora.