Abraço

Quantos abraços às vezes dado cheio de ressentimento,

cheio de saudade, por não está perto da pessoa

que sempre nos deu força par encarar os obstáculos da vida,

cheio de vontade de seta perto da pessoa que queremos sempre bem.

Quantos abraços sentimos falta de dar e receber?

Ainda não é tarde, ainda não terminou a jornada,

alguém entendeu que sem essa demonstração de carinho e afeto,

ficaria difícil de entender se estamos fazendo parte

dos planos de nossos semelhantes.

É abraço que reabre as brechas fechadas pelo tempo,

é abraço que cura as feridas que não se consegui fechar,

Simplesmente porque nunca foi entendida

o real valor da desavença que a deixou exposta.

E abraço que anuncia a volta do filho pródigo,

que não aceitou compartilhar o amor de seus pais com o seu irmão.

É abraço que se esconde no coração do mendigo,

no coração do drogado, na aparência do menor abandonado,

que a minha casa vem, e eu o ignoro, pensando que ele vai

cometer um roubo contra min, ou atentar contra a minha vida,

quando na verdade; pode ser seu aniversario,

e ele não mais encontrou seus pais para o abraçar,

e saiu a implorar que alguém o compreendesse.

Infelizmente não aprendemos a interpretar

as diversas afeições que um rosto pode trazer.

É abraço que não resolve a revolta de quem perdeu o emprego,

mas que conforta em saber que alguém está lhe dando força

está sofrendo com você. E abraço que sela o perdão

entre eu e meu próximo, é gesto anunciador

da não desistência do caminho, é gesto que apesar das minhas andanças,

dos meus erros e acertos, continua sendo o símbolo

que me faz entender que sou muito amado por Deus.

É abraço que desconcerta os ricos e o iguala aos pobres.

Diante de Deus, todos nos somos dignos de receber,

um “abraço de pai” e nos seus ombros chorar,

e em suas mãos a dor colocar,

e aguardar que tudo em fim se resolverá.

Manoel SSalomão
Enviado por Manoel SSalomão em 12/02/2008
Código do texto: T856317
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