A saudade é a distância da alma
A saudade não é um relógio que conta os dias, nem um calendário que risca o tempo. Ela não se mede pelos ponteiros que giram, mas pela intensidade da ausência que pesa no peito.
Há quem passe anos sem ver alguém e sinta apenas um leve sopro de lembrança. E há quem se despeça por um instante e carregue um vazio imenso, como se o mundo tivesse ficado menor.
Porque saudade não é a falta do olhar, mas o desejo de encontrar. Não é o tempo que separa, mas a vontade que aproxima. É um elo invisível, uma presença que insiste, um querer que não se desfaz.
Ela nos prova que certas presenças não cabem na distância, porque vivem dentro. E enquanto houver essa vontade latente de estar junto, a saudade será menos um peso e mais uma prova de amor.