Meu ser é como um rio bravo, em movimento constante, com expressões volumosas, risos largos e canções fortes. Desconstruir diariamente a farsa de que sou invencível e insubstituível é meu constante esforço em busca de desmascarar o ego. Consciente da luta contra o "eu", retiro as vestes do cinismo disfarçado de modéstia. As aversões aos fantasmas escondidos no abismo da alma me levam a descer os degraus da vida, em vez de escalar as montanhas do crescimento espiritual! Que complexo é "ser" de verdade, quando temos um lindo traje do não "ser" de verdade para agradar, conquistar, desbravar ou qualquer desejo motivador no existir do momento? Quem somos nós, se não meros confetes voadores em pleno festival da vida? Estamos no ar, deixando-nos levar pelo vento mais forte que sopra! Encontrei-me nessa reflexão por causa de uma insana insônia que me tomou. Na vida quero ser a mais verdadeira possível, às vezes até quebro a cara por isso. E se eu morrer amanhã, morrerei feliz por não saber sorrir sem vontade e realizada quando, de fato, ganharem minha gargalhada, ela é minha mais pura verdade nos dentes!