Os ventos que semeamos

A vida é um vasto campo onde cada palavra dita, cada gesto lançado, é como uma semente jogada ao solo. Alguns escolhem plantar flores, outros, espinhos. Mas há aqueles que, sem perceber, semeiam ventos… e depois se assustam com as tempestades que colhem.

O vento parece inofensivo no começo. Uma crítica ácida aqui, um julgamento precipitado ali, um ato de desamor acolá. Como brisas leves, vão soprando sem fazer muito barulho. Mas o vento tem um segredo: ele se junta a outros ventos, ganha força, torna-se tempestade.

Quem espalha discórdia, recebe o trovão da solidão. Quem semeia arrogância, colhe o granizo do desprezo. Quem planta mentira, se vê soterrado pela lama da desconfiança. A colheita é sempre justa, ainda que demorada.

Mas a boa notícia é que também podemos escolher outro tipo de semente. Quem semeia paciência, colhe paz. Quem espalha bondade, vê os campos florirem ao seu redor. Quem planta amor, colhe eternidade.

Os ventos que soltamos hoje moldam o céu que veremos amanhã. Então, antes de lançar palavras ao ar, antes de agir sem pensar, pergunte-se: Quero colher tempestade ou quero um jardim?

Rudney Koppe
Enviado por Rudney Koppe em 30/03/2025
Código do texto: T8297899
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