Azuis previsões
Outro dia vi uma cena de um pai enternecido vendo parte da cena que eu via: sua esposa amamentava o seu primeiro e pequenino filho.
O homem, recostado no braço do sofá, a mulher, quase o mesmo sorriso, porque também embevecida com tudo o que lhe era igualmente muito novo, a criança, passado talvez o susto do seu grande e primeiro esforço, o de vir ao mundo. A cena era de uma plenitude e beleza tal indizíveis. Fiquei ali também eu a contemplar.
Outro dia, outra cena, a do pai consertando o brinquedo do filho, enquanto o menino esperava ansioso no chão. A esta, outros quadros foram-se juntando: a mãe lavando as mãozinhas do menino no tanque; o menino, de novo, sujinho e risonho, em suas infantis ocupações com carrinhos e túneis no quintal.
Depois era menino que ia à escola, menino que corria pela casa, menino fazendo lições, menino tomando pito, menino fazendo gritarias, menino aprendendo a rezar, e essas felicidades todas que enchem uma casa e a fazem chamar-se lar.
Vi todas estas cenas e fui dormir feliz, abençoando a família que se forma e o menino que vai nascer.
Para o Ri, a Gi e o Gabriel, com amor.