O caminho da luz e do encontro
Há corações que caminham pelo mundo como tochas acesas, dissipando a escuridão ao redor. Eles não perguntam quem merece o calor de sua chama, apenas brilham. Em meio a tantos que espalham sombras, há os que escolhem ser sol.
Existem mãos que não se fecham para reter, mas se estendem para ofertar. São como rios que não guardam suas águas, mas seguem adiante, nutrindo a terra por onde passam. A estes, nada falta, pois aprenderam que o segredo da abundância está no repartir.
Os lábios que semeiam palavras de paz não fazem alarde, mas seu eco ressoa onde antes havia ruínas. São artesãos de pontes, arquitetos de reconciliação. Eles sabem que não é no grito que a verdade floresce, mas no sussurro da mansidão.
O coração que escolhe compreender em vez de julgar torna-se abrigo para os cansados. Não exige explicações, apenas acolhe. Ele não pesa no tribunal da razão, mas age no altar da compaixão.
Há quem busque ser reconhecido, mas há os que simplesmente amam. E esses, sem esperar retribuição, descobrem que no amor oferecido já habita a recompensa.
Porque é no doar-se que a alma se expande.
É no esquecer-se que o verdadeiro eu se revela.
E é no entregar-se que se encontra a vida que nunca se perde.