Os ventos da vida
A vida tem mãos invisíveis que moldam os caminhos como o vento molda as dunas. Um dia, caminhamos lado a lado com quem juramos eternidade, e no outro, percebemos que a maré os levou para longe, sem aviso, sem despedida.
Algumas presenças eram como folhas de outono: belas enquanto duraram, mas inevitavelmente levadas pelo sopro do tempo. Outras, inesperadas como uma brisa num dia escaldante, chegaram sem aviso e trouxeram frescor à jornada.
O curioso é que nem sempre escolhemos quem fica ou quem parte. Há laços que se desfazem sem que possamos dar um nó mais forte, e há encontros que surgem como estrelas no céu nublado: inesperados, mas iluminando exatamente onde precisamos.
A vida, com sua sabedoria silenciosa, escreve histórias que nem sempre compreendemos no momento. Mas, se olharmos bem, veremos que cada perda abriu espaço para algo novo. Nem melhor, nem pior. Apenas diferente. Apenas necessário.