Máscara de vidro

Há quem caminhe pela vida vestindo máscaras de vidro. Aparentam brilho, mas são frágeis. Refletem um semblante que não existe, projetam virtudes que não possuem, encenam lealdade onde há apenas conveniência. Essas máscaras são usadas por aqueles que, temendo o próprio vazio, simulam grandeza diante dos outros.

A hipocrisia e a falsidade são os artifícios dos medíocres, aqueles que não constroem, apenas imitam; não servem, apenas se aproveitam; não caminham com os próprios pés, mas se penduram nos ombros alheios. São como folhas secas ao vento, levadas para onde lhes convém, sem raízes nem essência.

A verdade, porém, não se deixa enganar. O tempo é um escultor implacável e, um dia, o vidro racha. A máscara cai, e o que sobra é o que sempre houve por trás dela: o nada. A história não lembra dos falsos, nem o tempo se compadece dos hipócritas. Eles são como rastros na areia, logo apagados pelo vento da vida.

Os que brilham de verdade não precisam de máscaras. Têm rostos iluminados pela autenticidade e passos firmes guiados pela verdade. Porque grandeza não se finge, se constrói. E só os que vivem sem disfarces deixam marcas que jamais se apagam.

Rudney Koppe
Enviado por Rudney Koppe em 22/03/2025
Código do texto: T8291746
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