Prazer de poetar

Quando começamos a dar nossos primeiros passos na escrita poética, é natural que digamos que não somos poetas, e sim apenas alguém que despretensiosamente gosta de rabiscar algumas palavras para extravasar os sentimentos.

Algumas criações depois, nossas inspirações mostram que é um caminho sem volta, tal o prazer que nos causa escrever, e a infinidade de assuntos que podemos alcançar do jeito e na hora que quisermos.

As afinidades vão sendo descobertas e cada um vai definindo aos poucos seu estilo próprio.

Surgem vertentes de várias espécies, com temáticas sobre a vida, a natureza, a tristeza, bucólicas, românticas, onde me encaixo, etc.

Começamos a nos sentir poetas quando nos arriscamos a publicar nossas criações em comunidades como o Recanto das Letras entre outras, e nossos textos além de nos agradar intimamente, recebem leituras e comentários elogiosos de outras pessoas, na maioria desconhecidas, mas que com o passar do tempo formamos laços afetivos poéticos.

Depois de algum tempo, com algumas exceções, passamos pelo ócio criativo, onde a caneta deitada e o branco do papel refletem a escassez das nossas inspirações.

Nesse momento, temos a sensação de que voltamos a estaca zero, pois parece que esgotamos nossa fonte de criação e a vontade parece faltar, numa espécie de depressão criativa.

Mas basta a inspiração se instalar de novo e falar mais alto em nossos corações, a emoção envolver de novo nosso eu e o sentimento nos levar para esse mundo mágico da poesia, que voltamos ao patamar de onde paramos.

E esse retorno vem mais forte ainda, nos impulsionando a seguir em frente, e usar esse lindo dom que recebemos de transmitir em escritas as inspirações que recebemos.

E vamos percebendo assim que o prazer de poetar transcende qualquer outro, para quem possui a sensibilidade aflorada, pois chega de graça, a nada nos obriga e ainda nos proporciona momentos indescritíveis de sensações que nos levam pra onde quisermos, sozinhos ou acompanhados.

E concluímos que, embora nos eleve a autoestima, o que menos importa ao final é ser chamado de poeta, mas sim exercer a arte poética em sua magnitude e plenitude, através do puro prazer de poetar..

Pacelle
Enviado por Pacelle em 17/11/2024
Código do texto: T8198764
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