O CRÍTICO LITERÁRIO ESTÁ SEMPRE NA OUTRA MARGEM DO RIO

Sem querer ser redundante e já sendo, parodiando o Chaves, uma crítica que faço ao crítico literário é que ele nunca está de mãos dados com um autor. Parece que a sua função é permanecer sempre na outra margem do rio da história que passou a ler. Sendo assim, o autor nunca deve temê-lo como se fosse um tremendo inimigo, mas também não precisa fingir que o admira o suficiente para convidá-lo para jantar em sua casa. Deve permanecer igual a uma consulta médica online: o médico lá e você aqui. Sem abraços e apalpações. E sim no simples: "olá, como está? Tudo bem?" ou "vi o resultado do seu exame de sangue aqui no sistema, nada muito sério". E finalmente: "Continue tomando os mesmos remédios". Quer dizer: entre os mortos e feridos, se salvaram todos!". Tudo fica na mesma.

JOBOSCAN
Enviado por JOBOSCAN em 13/11/2024
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