Chega de palhaçada Jojo Todynho

Jojo Todynho, por favor, deixe de palhaçada. Onde você acha que os R$600 do Bolsa Família permitem que uma mulher faça as unhas, cabelo, bronzeado e comprem roupas? Tudo isso chega a mais de R$1000. Também pare de falar que pobre é preguiçoso e quer viver de benefícios do governo. Você, minha cara e distinta senhora, foi pobre um dia e conseguiu projeção e ascensão social, não foi? Mas agora que está rica, age como se ignorasse a realidade do mundo de onde você veio! Deixe de palhaçada! Você com certeza conhece a realidade de muita gente que luta para sobreviver, seja aceitando qualquer serviço seja catando latinhas na rua. E agora age como se fosse superior às pessoas do meio onde nasceu! E como você ascendeu socialmente minha filha? Trabalhando e estudando? Deixe eu fazer uma pergunta: você lava o banheiro da sua casa? Com certeza não. Já que você tem dinheiro, você pode pagar alguém para lavar seu banheiro, passar as suas roupas caras e varrer o seu chão enquanto você pode ir à academia e se dedicar ao seu curso de Direito, não é? Acha que a pessoa que limpa sua casa é rica? Ou será que ela faz esse serviço para botar comida na mesa e poder pagar os boletos em dia? Quando você sente vontade de comer uma pizza e faz seu pedido pelo ifood, você por acaso se pergunta se o motoboy é rico ou se ele aguenta esse emprego por necessidade? Nunca lhe passou pela cabeça que as vendedoras das lojas onde você compra suas roupas talvez estejam nesse emprego por falta de opção? Quem nasceu rico, minha fina e educada senhora, com certeza não vai querer ser pedreiro, encanador, mecânico ou diarista. Os que nasceram em berço de ouro podem escolher ser médicos, advogados, arquitetos ou empresários. Antes de chamar um pobre de preguiçoso, lembre que emprego não aparece na porta. Muita gente se forma e não consegue emprego na área em que se formou e também há quem durma na porta do lugar onde vai pedir emprego. Imagine gente entregando currículos em vários cantos para trabalhar como torneiro mecânico, recepcionista ou auxiliar de serviços gerais. Sabe o que é ver engenheiros, advogados e pessoas formadas em outros cursos tendo que trabalhar como motoristas de Uber ou atendentes de telemarketing? Minha senhora, pergunte quem construiu a casa onde a senhora mora. Acha que casas se constroem sozinhas? Infelizmente, quem nunca passou necessidades trata os faxineiros e vários outros tipos de trabalhadores humildes como se fossem invisíveis, não é? Reflita, por favor. A senhora pode ser de direita. Tanto somos um país livre que a senhora pode ser o que quiser. E não diga que está sendo atacada porque é uma potência. Nunca esqueça que assim como hoje a senhora está na fama, amanhã poderá estar de novo no ostracismo. Não cometa o erro de se achar porque agora tem dinheiro até porque dinheiro se acaba. E o problema não é a senhora ser de direita. O problema foi que a senhora aparentemente apoiou a causa LGBTQIA+ enquanto isso lhe serviu mas agora virou as costas para o movimento. Houve quem dissesse que a senhora está certa porque o movimento é pervertido e degenerado, mas parece que antes isso não era problema para a senhora, não é mesmo? E por que a senhora só foi se dizer de direita após ficar rica? A senhora diz que pobre, negro e favelado não tem obrigação de ser de esquerda. E de fato não tem. A pessoa segue a ideologia que quiser. O caso é que a senhora parecia ser de um jeito e hoje quer ser de outro, como muitas pessoas de origem humilde que quando ganham dinheiro tentam de todo jeito se identificar com a nata da sociedade. Bem, para terminar, deixe-me lhe dizer uma coisa muito séria: armar barracos, falar palavrão, xingar e atacar os outros não são atitudes de uma pessoa fina, educada e equilibrada. Lembre que muitos ricos adoram dizer que os pobres não têm educação e a senhora tem o comportamento que o povo da elite diz ser "comportamento de pobre." O recado está dado. Passar bem.