Sonhos de Liberdade: O Desejo de Ser um Pássaro
Às vezes, olhamos para nossas vidas e sentimos que tudo é insatisfatório. Pensamos que a infelicidade nos acompanha e que não experimentamos a liberdade que desejamos. Em momentos de desânimo, costumamos dizer: "Como gostaria de ser um pássaro". Imaginamos que essas criaturas são um epítome da felicidade e da liberdade, flutuando pelos céus sem amarras.
Mas será que os pássaros são realmente felizes? Tomemos um pombo como exemplo. Você poderia ele, em seus voos solitários, não se perguntar: "Como gostaria de ter mãos em vez de asas, para acariciar minha amada"?
Fico intrigado. Será que os pombos, em sua essência, não desejariam ser humanos? Em meio aos devaneios, visualizo um pombo pensando: “Seria tão maravilhoso poder falar! Eu poderia expressar todo o meu amor em uma bela declaração”.
Alguns podem argumentar que é difícil acreditar na infelicidade dos pássaros, especialmente porque muitos deles cantam lindas melodias, que parecem simbolizar alegria. Mas e o que você sabe que está preso numa gaiola? Ele canta, é verdade, mas sua canção talvez emanem tristeza e angústia. O que será que um sabiá preso em uma gaiola está pensando enquanto ainda está em seus cânticos? Talvez se sinta aliviado por não ser humano, refletindo: “Que bom que não sou um ser humano, pois eles são cruéis. Que crime cometi para estar aqui, confinado?”.
Analisando essas reflexões, percebo que, se fosse para escolher, eu preferiria ser um pássaro, um pombo. Os pássaros não conhecem a crueldade, o egoísmo ou a inveja como nós, humanos. Deve ser um privilégio ter asas em vez de mãos, já que muitas vezes usamos nossas mãos para causar mal, julgar e apontar os defeitos uns dos outros, entre tantos outros atos desumanos. Diante de tudo isso, continue a sonhar: “Como gostaria de ser um pássaro!”