Li por aí , fixado em um poste
VAIVENO...
Talvez, você não acredite, porém, vou lhe contar assim mesmo.
Hoje, pela manhã, fui ao Shopping, mais precisamente ao Supermercado - aliás, os preços dos itens foram bastante majorados nesse período de quarentena, hein! *Você também observou isso na sua região?!* -; bem, lá compareci com toda prudência exigida diante desse tão falado novo normal: Máscara, gel e distância de segurança.
Fiz as minhas compras; coisas básicas de pequena monta, e quando estava na fila do caixa para efetuar o pagamento, nessa de tirar o dinheiro da carteira e segurar o celular e, ainda dar uma mordida no "kit Kat", a minha única oncinha de estimação (50 reais) se esgueirou por entre os dedos da minha mão e caiu no chão.
Estava na minha frente um senhorzinho, terminando de passar os itens dele. Resolutamente, ele se encurvou com um pouco de dificuldade para recolher o dinheiro. Quis impedi-lo, por causa de possíveis desconfortos físicos que pudessem acometê-lo, mas, constrangi-me com tanta solicitude e educação da parte dele. Fiquei calado!
Assim que ele se reergueu, estendi-lhe a mão, agradecido e com um sorriso largo sob a máscara (acredito até que ele tenha percebido a minha satisfação), tentando manter o distanciamento de segurança, para que ele não se sentisse constrangido, esperando a devolução da oncinha querida.
Ele, porém, não a devolveu e disse: *"O Que Está No Chão é De Quem o Encontra!"* - e saiu naturalmente, como se nada de errado tivesse acontecido.
Olhei para uma senhora que estava atrás de mim e para os demais da fila, e todos - unânimes - olhavam-me em estado de choque e incrédulos com aquela atitude anciã, sussurrando coisas entre eles.
Por momentos, fiquei fora de mim. Não me teria custado muito doar os R$50,00 àquele cidadão, caso houvesse necessidade de fazê-lo, porém, ser tomado de idiota é demais; não, não e não. Isso não pode ficar assim - pensava eu. Tratei logo de "fazer justiça por conta própria".
Deixei as minhas compras no caixa (não tinha como pagar mesmo, pois havia deixado o cartão de crédito em casa e a onça era filha única), e saí a passos largos no encalço daquele homem e o avistei no estacionamento. Dei uma corridinha (nem seria preciso esse esforço) e consegui alcançá-lo. Pedi-o, imediatamente, que me liberasse a onça.
Percebi que eu estava com platéia, pois todos aqueles da fila ficaram curiosos com o desenrolar dos fatos e vieram após mim.
Abordei o cidadão com educação, mas não sem firmeza, exigindo dele que me devolvesse a quantia ora usurpada. A reação dele foi simplesmente um olhar de desprezo, ignorando totalmente a minha presença e abordagem. Ele realmente agiu como se eu fosse alguém invisível e continuou a andar e, assim que chegou ao carro dele, procurou abri-lo rapidamente, talvez até com a intenção de sair dali cantando pneus (sei lá!). Ele parecia não querer perder tempo algum. Ele teve dificuldades em retirar as chaves do cinto e meio que jogou duas das sacolas com compras próximo à roda traseira do veículo, para liberar uma das mãos. *Era o que eu precisava!* De imediato, peguei ambas as sacolas e me afastei ligeiramente, dizendo: *"O que está no chão é de quem o encontra!"* - e segui para casa, entre o susto e o riso, orgulhoso da minha vingança. Fiquei mesmo todo orgulhoso comigo mesmo. Que sacada, hein! Os “espectadores” começaram a me aplaudir e vi que, afinal, aquela invertida foi magistral.
Ao final, pude constatar que aquele homem metido a “espertinho” tinha ficado irritado e descontrolado emocionalmente, pois saiu do estacionamento, atropelando alguns cones de segurança que ali haviam sido postos pelos chamados cooperadores do Shopping. Confesso que senti um pico de adrenalina, susto e nervosismo ao mesmo tempo, mas depois me esbaldei de tanto rir da situação e das circunstâncias em que se deram os fatos.
Ao chegar em casa, retirei os seguintes itens das sacolas:
- 2 kg camarão;
- 1 kg de salmão;
- Azeitonas pretas e verdes;
- Presunto, queijo e iogurte de dois sabores;
- 1 pão integral;
- 1 garrafa de azeite virgem extra;
- 1 garrafa de vinho branco;
- 2 garrafas de vinho tinto;
- 2 frascos de compota;
- 2 kg de enchidos de muito boa qualidade;
- 1 frasco de maionese;
- 1 frasco de mostarda;
*Nunca tinha feito tantas compras com apenas R$50,00*!!!
E, agora, aqui estou eu, tomando uma taça de vinho, comendo e refletindo a respeito do ocorrido: *serei eu um justiceiro ou uma pessoa vingativa?* E aí, o que você acha?!
Se leu isto até aqui, é óbvio que nada disso ocorreu, tá!? Trata-se apenas de uma campanha de promoção da leitura! *A leitura estimula a mente e a imaginação, faz-nos viajar para outros lugares e, ainda, ajuda-nos na comunicação*.
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Autoria ignorada.
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