SOBRE A MENTIRA

SOBRE A MENTIRA

A mentira, prima irmã do egoísmo e do orgulho é um câncer que corrói relacionamentos de um modo geral.

Há uma espécie de cegueira de raciocínio na mente de quem mente.

Às vezes o mentiroso julga se defender, ou se poupar de contratempos com a mentira.

Outras tantas, deseja se sair bem, sentir-se astuto e enganar simplesmente.

O prazer da mentira é efêmero pois sentir-se mais arguto ao tentar diminuir a imagem de alguém não torna maior ou melhor a quem o faz.

Às vezes a mentira se transforma em hábito, uma segunda personalidade, onde a criatura mente por impulso, sem que se sinta ameaçada, sem desejo explícito de enganar, mente simplesmente como se fora esse um modo normal de proceder.

De todo modo, por não ter sustentação na verdade, e por mais que tente, aquele que mente se vê a descoberto, cedo ou tarde, não por obra da divindade, mas por não se basear em dados de realidade, posto que, criatura alguma, controla a tudo e a todos à sua volta.

A vida continua a acontecer e tem sua própria dinâmica e seu curso.

A mentira torna o ser humano vulnerável, pois expõe a sua fragilidade e imaturidade emocional e espiritual.

Mentir parece ser uma tentativa de querer controlar pessoas e situações num desejo ilusório de exercer poder sobre o que acontece, torcendo a realidade para de algum modo levar vantagem ou sentir prazer.

A mentira pode afetar o bem estar, a tranqüilidade das pessoas que lhe sofrem a sanha, mas seguramente não torna mais feliz quem dela faz uso.

A verdade, a sinceridade, a espontaneidade trazem benefícios imensos e leveza à vida.

Afinal, por mais que queiramos ser mais ou melhores, somos o que somos e o mundo não para para fingir ser o que queremos!

Joselma de Vasconcelos Mendes
Enviado por Joselma de Vasconcelos Mendes em 10/01/2008
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