A casa do rio.

Era uma vez uma cidade, imensa, linda, onde a paz e a segurança reinavam. Mas essa cidade era rodeada por um grande muro, onde no muro grandes plantas espinhosas cresciam, onde o frio e a solidão eram intensos. Além dele, só o mal existia.

Um jovem recém casado decidiu construir sua casa próximo ao muro. Advertido pela sua mãe, vizinhos que ali era um péssimo local, pois a maioria das pessoas construíam suas casas no centro da cidade onde era mais seguro.

Mas de nada adiantou, pois próximo ao muro o custo de vida era mais barato. Na mente do jovem ali era o melhor lugar para se habitar, assim foi feito, se despediu de sua mãe, de seus familiares e começou seu caminho junto a sua esposa.

No início da construção da sua casa, tudo parecia bem, sorrisos, abraços e alegria, tudo parecia mais fácil. Mas até então eles nunca tiveram a curiosidade de se aproximar do muro, mas eles sentiam que algo estranho estava no ar. O silêncio da noite parecia ensurdecedor.

A casa finalmente estava pronta, ambos, marido e esposa saíram numa tarde para realizar um piquenique, andavam cada vez mais se aproximando do muro, pararam pois se depararam com algo jamais visto, um lindo rio que dantes parecia nunca tinham observado nem ouvido falar, passava junto ao muro. Entre olhares o casal se viu se aproximando vagarosamente do pequeno rio, aos seus olhos ele era lindo, peixes nadavam sem preocupação.

Com o costume o casal perdeu aquela estranha sensação, o tempo foi passando, eles foram se acostumando ao local, mas sem dúvida isso foi um erro.

Numa tarde o casal que estava próximo ao rio, estava sorrindo. O marido foi a casa para logo retornar, mas ao voltar a sua esposa não encontrou, no rio ela escorregou, as águas a puxaram, viva ela se foi e nunca mais voltou.

O jovem com a saudade ficou, toda noite sua voz ele ouvia e nos sussurros entendia: a escolha foi sua e não minha. Numa noite desesperado a sua procura, ouviu de longe a voz do rio, para lá ele foi, no rio mergulhou, as águas lhe puxaram, nas águas profundas ele se foi e nunca mais voltou. Seu nome desapareceu e sua voz se calou.

A casa por um tempo sozinha ficou, até que sua porta se abriu, um novo casal chegou. Então, o muro sorriu.

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