Humilhíada
A juventude não pode estar condenada
A zoeira sem limites?
Sou jovem humilhilde
Hilda para vovós
History para parábolas
Benfeitio de mágoas
Humilde até que meu platô
Seja vítima do batuque, do atotô
E se faça íngrime
Como a bola carregada por Sífiso
Aos espartalhões
O espartilho da alegria
Do riso
Do nada temer
Tudo prazo do vosso prazer
É um look
Uma veste
Alfaiataria
A merda do cão
Chupando manga
É engraçada
Até que o seu sapato pisa
Lembrai de limpar
A sujeira não é feia
Ela revigora
O orifício alegre demais
Tornando-o doente
Um lembrete que afinal rir é sintomatologia
Necessário, não condenitude
Mas ainda assim dói
Jamais só é lúdico
Borboleta no estômago dói
Com sumir-se
De seriedades
Quem ri de tudo
Até mesmo do temor da morte
Corre o risco de conseguir o Design Imortal
Ser uma eterna piada
Quem ri sobretudo
Da própria condição ruim
Corre o risco de não estar confortável
Mas, sorria, você está sendo convidado
Convites a roupa que vestirá você
E a prosódia do crê-ser
Humildemente
Modelo fatal
Ao invés de sabugo
De qualquer milharal
O sabugueiro é engraçado
O bug do inseto
Comendo a pipoca que comerei
É um inseto em que confio
Quantos milhos
Quantos pulgões
No trilho dos vagões
A captura das comédias que assisti
Com essa descomida inútil
A dor pode até ser inútil
Mas o temor, temer é índice de sobrevivência
E a imanência sempre tem petição
Seus favoritos candidatos
Aos palhaços
Não o do circo
Do hospital
Do metrô num dia seco
Mas,
O comediante do indivino
Indivina Comédia
E isto
É humilhilde
Ou ainda
Humilhíada
Uma epopeia
Protagonizada pelo vilão
A burrice do ótimo
Otimatopeia
Que não passa de um registro corporal
Barulhento
É o Silenço
Limpando a lágrima da gargalhada
Paus-ações
Quem ri por último