Desvendando a verdade

Osho dizia: "Torne o homem miserável e ele nunca se revoltará."

O ser humano enfraquecido, destituído de sua capacidade de pensar e questionar a própria realidade, torna-se alienado, covarde e consequentemente miserável.

Inúmeras são as artimanhas usadas pelos abutres sedentos de poder para obtê-lo. Sutilmente simulam os mais variados papéis - vítimas, salvadores, super-heróis - com o propósito de manipularem as massas e, assim concretizarem seus insidiosos planos.

Um ser miserável é incapaz de perceber a trama na qual está sendo envolvido. Cego à realidade,aceita e até mesmo defende pseudo-idéias que lhe são impostas como verdades absolutas.

A verdade é multidimensional e excessivamente complexa para ser desvendada por aqueles que permitem o engessamento de suas mentes e corações.

Uma antiga história grega relata que um astuto rei possuía uma bela e valiosa cama de ouro, incrustada de diamantes.
Sempre que convocava algum súdito ao palácio, o rei, gentilmente lhe cedia o precioso leito. Mas, como regra geral e imutável, ele exigia que o convocado se ajustasse à cama.
Se esse fosse um pouco mais comprido, o rei o cortaria no tamanho devido. Se ele fosse menor que o leito, o rei tinha grandes especialistas que o esticariam até o tamanho certo. Naturalmente a cama era tão valiosa que não podia ser substituída, mas o súdito tinha que se adaptar a ela. Assim todo aquele que era convocado estava em dificuldades, podendo, inclusive, perder a vida. Porém, não era culpa do rei - ele estava fazendo tudo com a "melhor das intenções". Afinal, desfrutar de tamanha honraria era um raro privilégio para simples mortal.

Desvendar a verdade é um poderoso exercício de libertação.


Fonte: Orvalho para a alma - Litteris Editora-RJ