Como?
Como pude, me enganar, ao meu próprio respeito? Entregar algo a mim mesmo que sabia que não era suficiente? Não iria me fazer sonhar, muito menos realizar. Assim se faz quando não sabemos onde e como iremos chegar, nos deparamos com uma inundação de sentir, sentires estes tão únicos, tão nosso. Nos enganamos quando nos apaixonamos. Mas quantas paixões tivera, que só você era o apaixonado? Até as não correspondidas, e as que tiveram um pequeno prazo em sua vida. Difícil encarar que a carência nos cega, a vontade de viver um amor, de ter um companheiro é tão forte, mas tão forte, que nos causa um desacelerado instinto de achismos, que ele ou ela é, ou seria o nosso grande amor. Achamos tão natural e criamos expectativas, sinais que só nós vemos e acreditamos. Quando o fogo da paixão passa! Esfria, entendemos que foi apenas mais uma paixão, que virou ilusão.
- Gil Paz