Bala amarga
Por mais um verão
fez-se o mundo dela,
a qual, desalentada, chora
pelo ceifar tão repentino
daquela briosa vida.
Foi uma bala amarga,
vinda não se sabe donde,
perdida e sem rumo,
à busca de abrigo,
que nele se alojou.
De supetão,
dele tudo tirou.
Daí, gerou-se o lamento,
tiraram-lhe o mundo:
Tombaram-lhe o amigo.