2023...
Mais um ano. Uma etapa. Um período. Um ciclo...
Para quem compreende como a realidade se constitui a partir da linguagem simbólica e representativa sabe que a sucessão de dias, meses, anos é apenas uma formalidade que tem a função de permitir a comunicação entre relações e, assim, promover a convivência possível.
O dia 25 (natal) e o dia 31 (final de ano), e tantas outras comemorações, não têm nenhum poder, em si, de trazer qualquer tipo de contribuição para melhorar ou piorar a vida de quem quer que seja. O que realiza o ‘milagre’ dos desejos alcançados, além da nossa ação efetiva, são muitos elementos que se organizam em conjunto e convergem para um determinado evento. Talvez a contingência cega (como diz a filosofia) seja (mais) responsável pelos desejos alcançados do que a fé, oração, roupas coloridas e outras crenças e mitos.
Mas, sim, isso pode ofender quem não entende a realidade desta forma. Por isso, diz-se que a melhor forma de se comunicar é uma adequação ao contexto para o qual queremos comunicar.
Assim sendo, o ano que termina foi bom em alguns sentidos e menos almejado em outros. O trabalho e a saúde permitiram viver e enfrentar desafios profissionais e pessoais; na vida social, continuo antissocial, sabendo, claro, conformar-me às situações; na política, sempre poderia ser melhor, porém, estamos caminhando para dias melhores e mais saudáveis quando comparados a outros tempos. Penso.
Enfim, para todos que me leram, que me acessaram pelas mídias sociais desejo saúde e paz... o demais, a gente faz.