Os servos alertas
"— Estejam preparados, com o corpo cingido e as lamparinas acesas. Façam como os homens que esperam pelo seu senhor, ao voltar ele das festas de casamento; para que logo abram a porta, quando vier e bater. Bem-aventurados aqueles servos a quem o senhor, quando vier, encontrar vigilantes. Em verdade lhes digo que ele há de cingir-se, dar-lhes lugar à mesa e, aproximando-se, os servirá. Quer ele venha à meia-noite ou de madrugada, bem-aventurados serão eles, se os encontrar vigilantes. Porém, considerem isto: se o pai de família soubesse a que hora viria o ladrão, não deixaria que a sua casa fosse arrombada. Estejam também vocês preparados, porque o Filho do Homem virá à hora em que vocês menos esperam." (Lucas 12:35-40 )
Esta parábola faz parte de um longo discurso de Jesus diante de uma multidão, incluindo os discípulos. Na primeira parte é voltado aos discípulos e na parte final para todos em geral. Neste mesmo capítulo consta outras duas parábolas: Parábola do Rico Insensato (Lucas 12:16:21); e a Parábola dos Dois Servos (Lucas 12:42-46). ambas alertam sobre a tolice de basear sua segurança em coisas passageiras, mas a segunda enfatizando, de maneira positiva o mesmo ponto, é bom estarmos vigilantes, comprometidos e prudentes.
A Parábola do Servo Vigilante é uma lição sobre a vigilância e isso é explícito em todo o texto. "lombos cingidos" significa estar vestido adequadamente para termos a liberdade de agir de imediato. "candeia acesa" indica que em estado de alerta para servir o Senhor. E esse servo śerá servido pelo próprio Senhor. Aos nossos olhos e ambições uma cena totalmente impensável, mas durante Seu ministério o Senhor Jesus deu muitas amostras do que significa servir.
Não cabe ao servo saber quando virá o Senhor. Importa ficarmos atentos e vigilantes para quando esse dia chegar, ou em qualquer “vigília da noite”. Sempre prontos em nossos postos aguardando o retorno do Senhor. Por isso o brado de alerta no v.35: prontidão para entrar em ação. Os discípulos de Cristo devem ser semelhantes a tais homens, não perdendo o anúncio da Sua chegada, com o pensamento voltado para o Senhor que em breve voltará, e por isso seremos bem-aventurados.
Desde a subida de Cristo Jesus ao Pai é o tempo de espera para o cristão. Esperamos pela segunda vinda e o cumprimento da promessa de irmos ter com Ele. É até compreensível que as demandas diárias desta vida facilmente nos causem impaciência e enfado. Por isso as advertências feitas por Cristo, que talvez não nos tranquiliza mas que nos mantém alertas. O estado de alerta causa cansaço e uma expectativa não se perpetua na mesma intensidade, mas o Senhor nos prometeu: "No mundo, vocês passam por aflições; mas tenham coragem: eu venci o mundo." (João 16:33) "eis que estou com vocês todos os dias até o fim dos tempos." (Mateus 28:20)
Está conosco através de Sua palavra, e no testemunho que damos dia a dia. Mesmo diante da expectativa de muitos fracassos e experiência frustrantes e deprimente, na nossa labuta diária. O tempo vai escoando, implacável, mas não termina em nada, antes vai se consumar no dia de Jesus Cristo. "Portanto, tenham cuidado com a maneira como vocês vivem, e vivam não como tolos, mas como sábios, aproveitando bem o tempo, porque os dias são maus." (Efésios 5:15,16)
Nosso inimigo conta com um momento de desespero de nossa parte. Um momento em que o pensamento segue outras estradas, escuras e desertas, mas cheias de armadilhas. As mesmas armadilhas que já dragou a muitos. Não sabemos quando nosso Senhor virá, e a única certeza que temos é que devemos estar prontos. Os que forem pegos de surpresas estarão perdidos.
"— Mas a respeito daquele dia ou da hora ninguém sabe, nem os anjos no céu, nem o Filho, senão o Pai. — Estejam de sobreaviso e vigiem, porque vocês não sabem quando será o tempo." (Marcos 13:32,33)
Aproveitar o tempo que me resta até que Jesus volte, ou que chegue o dia da minha morte aqui.