Mirem-se no exemplo... (leia cantando)
Nas últimas semana eu observei.
Resolvi sair do meu casulo e me inteirar, me abastecer com informações confiáveis e sair da zona de conforto.
Encontrei o caos, um verdadeiro massacre e crime contra a humanidade.
Me revoltei, busquei, estudei, alcancei um lado e me posicionei do lado que está meus valores e princípios.
Mas aprendi também, (fora a história como um todo) aprendi com a força, resistência e fé de um povo tão generoso e unido.
Estou com covid, e meu primeiro ímpeto foi reclamar sobre isso, choramingar meus infortúnios. Reclamar do calor, já que hoje, embora parte de Porto Alegre esteja debaixo da água com a cheia recordista do rio Guaíba (que na verdade nem é rio), está um forno. A sensação térmica beirou os 40 graus e eu não posso usar meu ar condicionado por minha casa (aluguel, diga-se de passagem) não suportar a carga, devido a fiação elétrica ser bem antiga.
O discurso de reclamação está pronto, na ponta da língua.
Milhares de palestinos hoje, não tem o direito de ir e vir. Não tem o que comer, o que beber, nem onde morar. Eles sofrem, uma dor que muito provavelmente eu nunca (e ainda bem) vou saber a dimensão. Grande parte deles perderam seus entes queridos, pessoas que amam e em sua maioria estão machucado, seja física, emocional ou psicologicamente. E voce percebe que todos eles estão: louvando, agradecendo e sendo resilientes mesmo por todos infortúnios.
A fé deles é algo inalcançavel pra mim, eu sei.
Eu não tenho sua fé, mas deveria ter.
Deveria perceber que meus dilemas, meus atritos, minhas lamentações não são NADA, (embora para mim pareça ser tudo) e eu deveria ser mais grata.
A Palestina está refém de um estado cruel, cujo interesse é extermina-los um a um, eles não têm voz. Não tem como se defender, estão sendo aniquilados.
Eu sou pró-Palestina e isso tem me ensinado muito.
A vida não está boa, todos estamos psicologicamente abalados e por vezes em nosso limite.
Mas, "miremo-nos no exemplo" de nossos irmãos palestinos/muçulmanos... e sejamos mais gratos por nós e nossas vidas e deixemos um pouco a reclamação e vitimismo pra lá.
Por um mundo de paz e sem violência.