NENHUM OLHO...
Que nenhum olho se canse de olhar
A beleza impar e salutar das coisas,
De exemplo, do homem e da mulher,
Quando os dois bem se vestem e se
Perfumam do mais fino dos aromas,
Daqueles de que os narizes não enjoam...
Que nenhum olho passe despercebido
E não se olhe para a natureza toda,
Com suas montanhas e planícies,
Árvores e flores e animais diversos,
E os rios de água límpida e pura
À correr por eles, entre tantos peixes...
Que nenhum olho não deixe de ver
O céu azul de verão, e o mesmo, escuro,
Num dia de inverno chuvoso e frio,
E as estrelas e a lua, na noite, pois,
E o vento, esse que, enxuga as roupas, no varal...
Que nenhum olho se feche para dormir
Sem ter apreciado a beleza salutar e impar
Da nosso velha e rica natureza,
E com ela se sonhe sem pesadelos,
E que em cada sono dormido
Possa se ter sonhado, e antes,
Por tudo a Deus ter agradecido...