LÉLIA E A LEITURA DO ROMANCE "A MOCHILEIRA"
O USO DA CANNABIS PELO JOVEM PAULISTA ERA UM SUPORTE MENTAL, UMA JANELA ABERTA PARA A ENTRADA DE UMA MAIS AMPLA PERCEPÇÃO DE SI MESMO E DO MUNDO. SEM ESSA JANELA PERCEPTIVA, COMO PODERIA ELE ENCARAR TODOS OS FATOS QUE O CERCAVAM E CONDICIONAVAM SEU COMPORTAMENTO PADRÃO??? A CANNABIS (POR ISSO É MENCIONADA ALGUMAS VEZES NO GLOSSÁRIO DO LIVRO) PERMITIA À JUVENTUDE SUAVIZAR A DOR DE ESTAR A ENCARAR O MURO DE SUAS LAMENTAÇÕES, DE SUA IMENSA SOLIDÃO, AO VISUALIZAR O HORIZONTE DE SUAS ADVERSIDADES. "A MOCHILEIRA" O AJUDAVA A ENCARÁ-LAS PORQUE SABIA NÃO SER FÁCIL ABRIR UMA BRECHA NO MURO DA EDUCAÇÃO GAGÁ NORMATIZADA, NA MURALHA DE UMA FAMÍLIA DEDICADA A REPETIR OS PADRÕES OBSOLETOS DE COMPORTAMENTO MODELO MATRIZ, PROTÓTIPO DA DIRETRIZ ASSALARIADA. O JOVEM PAULISTA ESTAVA ENTRE A CRUZ E A ESPADA. ELA, "A MOCHILEIRA" ESTAVA A PROPICIAR NELE A VISUALIZAÇÃO MAIS AMPLA DE SUAS POSSIBILIDADES. A PARTIR DAÍ ELE ESTARIA POR CONTA PRÓPRIA. ELA ERA COMPANHEIRA, AMANTE, CULTURA SEMENTEIRA. ELE TERIA DE SABER APROVEITAR AO MÁXIMO ESSE TEMPO QUE ELA LHE DEDICAVA. SABERIA ELE ATINAR O SABER FLORESCER E PROSPERAR AS SEMENTES QUE EM SUA MENTE ELA, A MOCHILEIRA, PLANTARA???