AS SABEDORIAS DOS MEUS AMIGOS

Prólogo

Gosto de ler os textos dos meus heterônimos e amigos: Augusto, Arnaldo, Cláudio, Eugênio, Fernando, Henrique, Tavares e Wagner, mas dentre esses sábios cidadãos, o melhor de todos é a filosofia de vida do inteligentíssimo Zé Preto.

Zé Preto, sem desmerecer os seus semelhantes, além de ser inteligente e determinado, é sincero e verdadeiro. – (Nota deste Autor).

PALAVRAS DO AUGUSTO

A saudade eterniza a presença de quem se foi ou pretende ir embora triste e magoado. Com o tempo a dor se aquieta, se transforma em silêncio que espera, paciente, pelo abraço macio da amada acreditando ser possível noutra vida reencontrá-la.

PALAVRAS DO ARNALDO

Referindo-se ao labor de uma das suas mais proficientes colaboradoras, Arnaldo escreveu:

“A manhã amanheceu fria, mas isso não impedirá o nosso progresso. Você com sua produção e vendas, e eu com as minhas entregas e minguados lucros e/ou ganhos.”.

PALAVRAS DO CLÁUDIO

Aconselhando o motorista de uma de suas três Vans que transportam queijos e manteigas de Boa Vista, PB, Cláudio disse:

“Antes de sair de casa, em direção ao seu trabalho, diga que esse dia será abençoado porque você merece. Muitos trabalhadores saem de suas casas praguejando e reclamando até dos baixos salários que recebem. Nunca faça isso!”.

"Nunca esqueça: O trabalho é fonte de satisfação pessoal, além de ser uma boa forma de contribuir com a sociedade. O trabalho é melhor em equipe e quando as competências se unem, os resultados se multiplicam.".

PALAVRAS DO EUGÊNIO

Ensinando pessoas a não praguejar contra as intempéries... Eugênio escreveu:

Quem deseja ver o arco-íris, precisa aprender a gostar da chuva. Ao sair de casa, para o trabalho, diga, igual a mim: Não preciso de guarda-chuva e nem me proteger, pois a chuva que hoje cai me dá pureza e limpa o meu ser.

Certa ocasião o amigo Fernando me disse que o dinheiro dele e de outras pessoas é maldito porque cala a boca de uns, compra e afasta alguns, destrói a amizade de outros e acaba com o caráter de muitos. Será?

PALAVRAS DO FERNANDO

Quando você recebe alguém em sua casa sem avisar, seja quem for, até mesmo alguém de sua família, mesmo que seja para uma simples visita, você está incentivando essa pessoa a permanecer mal-educada e sem nenhuma noção de civilidade.

O muito dinheiro que as pessoas imaginam que eu tenho, e o dinheiro de outras pessoas é maldito porque cala a boca de uns, compra e afasta alguns, destrói a amizade de outros e acaba com o caráter de muitos.

Eu entendi essa verdade escrita pelo amigo Fernando, mas o dinheiro ajuda demais aos necessitados iguais a mim (risos).

PALAVRAS DO HENRIQUE

Os insatisfeitos dão maior ênfase ao que não têm e contam vantagens com as riquezas e conquistas dos outros.

O eterno insatisfeito vive mais triste do que feliz. Invadido por um cinzentismo que lhe encurta as vistas da paleta de cores da vida, seu caminho é escuro, o andar é lento e preguiçoso.

Sem esperança, o acomodado e preguiçoso hipócrita, insatisfeito, se vitimiza e diz que passa por uma fase difícil igual a muitos outros.

PALAVRAS DO TAVARES

Sendo paternal com uma amiga especial Tavares escreveu:

Há sempre um pôr do sol esperando para ser visto, uma criança sorrindo, uma estrela mais brilhante, uma flor viçosa, um pássaro, um rio, uma nuvem branca no céu sem-fim.

Tente pelo menos sorrir, procure sentir amor pela natureza. Imagine. Invente. Sonhe. Voe acordada pelo céu esplendoroso... Ouça uma música suave. Acredite em você. Faça ou seja igual a mim.

PALAVRAS DO WAGNER

Dirigindo-se a uma amiga íntima Wagner, carente, escreveu:

“Há momentos em que eu preciso de alguém para desabafar, mas eu também preciso dessa pessoa para me dar um abraço apertado e me dizer: "Eu sempre vou estar lhe esperando para dormir de conchinha com você.”.

PALAVRAS DO ZÉ PRETO

Fazer o que você gosta é ter liberdade. Gostar do que você faz é ser feliz de verdade. Baseado nessa assertiva eu afirmo:

O amor feliz é a perfeição dos mais belos e coloridos sonhos. É a realização de anseios, mas precisa não se sentir culpada.

No reconhecimento e cuidado saudável do próprio sofrimento, nos habilitamos para reconhecer e cuidar das dores alheias sem esperar reconhecimento e/ou gratidão.

E tendo em vista que a vida terrena é uma necessária peregrinação, devemos extrair das vivências complicadas e difíceis o aprendizado (poucos conseguem) para a evolução socioeconômica e fraterna.

CONCLUSÃO

Se eu pudesse revelar os devaneios dos meus amigos e heterônimos, e dar-lhes vida... Ah! Certamente acrescentaria nova luminosidade e beleza ao mundo surreal dos sonhadores. Transmitiria sólida confiança aos corações das notáveis amigas e às demais criaturas com seus sofridos amores e desamores.

Por ora vou me contentar com o pouco saber dos meus ecléticos heterônimos e amigos, mas tendo a certeza de que eles são e sempre serão úteis e necessários aos que os leem e conseguem compreender seus, às vezes, insossos escritos.