Fé na Humanidade
Ao por do sol do dia 31 de dezembro, e depois de mais algumas badaladas marcadas no relógio, nascerá mais um ano, e segundo alguns nascerão novas esperanças, e novas oportunidades, para os homens e as mulheres que vivem neste Mundo chamado Planeta Terra, ou como dizia o poeta, Planeta Água.
Em atendimento aos costumes já consagrados, as pessoas fazem várias promessas, e dizem aos seus familiares que serão melhores no próximo ano, que tudo será diferente, que não beberão mais, irão evitar o consumo de drogas, não baterão nos filhos, ou na mulher, e também que não irão saquear os cofres públicos, lesionando os mais pobres, que dependem e muito dos serviços públicos.
Mas, no dia seguinte, passada a euforia, as pessoas se esquecem das promessas feitas ao badalar da meia noite, e voltam à realidade, as dívidas do cartão de crédito, as dificuldades, e as maldades já consagradas.
A inveja, o ódio, a falta de misericórdia, de solidariedade, surgem novamente, contrariando as belas canções da passagem de final de ano, os fogos de artifício em Copacabana, o branco da paz, o espumante do champanhe, francesa ou não, as nozes, as castanhas, e tudo o mais.
Na realidade, as pessoas não precisam de uma data no ano para que possam praticar o bem, ou se tornarem melhores. Tudo que está a nossa volta, todos os dias, clama por mudanças, por auxílio e por ajuda.
As mudanças interiores não dependem de rituais de pular uma, duas, ou três ondas, de vestir branco, ou de comer lentilha. As transformações estão apenas e tão somente em nossa vontade, no ideal de evoluir, na busca espiritual.
A humanidade está passando por um momento difícil, onde a vida se tornou banal, o amor foi deixado de lado, e nem as crianças, ou os velhos, estão sendo poupados da violência, de atos de barbárie, da maldade exacerbada. O homem tem se tornado o lobo do homem, descrente de qualquer força superior, acreditando que tem o pleno direito de fazer o que bem quiser, de vida de ou de morte sobre as outras pessoas ou animais.
A passagem de ano não deve ser apenas festa, mas também um momento de reflexão. A descontração faz parte, mas é preciso lutar por mudanças em nosso país, no mundo, na construção de uma sociedade que seja efetivamente mais justa e fraterna.
Todos nós que fazemos parte da Humanidade devemos acreditar que o nascer de um novo ano é realmente o nascer de novas esperanças, e devemos comemorar essa passagem, mas é preciso muito trabalho e dedicação para que os sonhos possam se tornar realidade no ano vindouro.
Assim, que Deus proteja a todos nós para que possamos tornar este país, e o Mundo, em um lugar melhor para todos, com mais Justiça, solidariedade, respeito, igualdade e fraternidade.
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