“Viver ou morrer não importa é preciso deixar de sofrer”
Yara falou isto quase um ano depois de diagnosticada com leucemia. Fez todas às tentativas para obter uma medula e prolongar sua vida. Contudo, a burocracia limitou seus dias.
Você sabia que, caso encontre mil doadores de medula, às que excederem o limite programado pelo governo, não poderão ser coletados e analisados, pois, não há verbas para isto? Os recursos podem ser por exemplo de cinquenta coletas. Você tem mil, mas novecentos e cinquenta dadores de vida terão que esperar um mês. Os recursos só cobrem cinquenta coletas. As outras dependerão das forças do paciente.
Isto precisa mudar. Às Yaras da vida gritam no carnaval. Porém, não são ouvidas na Apoteose da burocracia. São vozes mudas.
Um dia todos vamos para o outro. Você pode ser bilionário, campeão mundial de..., ou quem sabe o bam bam bam do saracoteio, um morador de rua, não importa, as luzes se apagam para todos e, The End.
Sabe quem é Fausto Corrêa Silva? Não? Mas o Faustão todos conhecem. Pois bem Faustão, que sua vida seja prolongada com um coração forte e este lhe proporcione muitos anos de vida.
Porém, as coisas acontecem como Deus planeja. E você é um vencedor. Vai ficar por muito tempo na memória dos brasileiros. O locô meu..., mas dá para ficar por mais tempo ainda. Se não materialmente, pode ser lembrado por quem ajudou na fila do transplante que hoje você está.
E, um raciocínio muito lembrado por Mário Sergio Cortella, “daqui não levamos nada, apenas deixamos na lembrança daquelas pessoas que marcamos nossa passagem, seja no sorriso do bom dia, no abraço do amigo que não víamos há tempos, ou até, no palco da vida clamando por vozes mudas”.
Ajude (aumentar doações/verbas) à população ter mais corações bons, pulsando em peitos fracos.
Seja a voz dos Faustos, Yaras, eu(s) e muitos outros que não temos voz no carnaval da burocracia.
O escritor do lago
Nascendo um mundo melhor