QUANDO OS ANIMAIS POVOAM A LÍNGUA PORTUGUESA

Chorar como um BEZERRO desmamado!...

Chorar é um gesto inerente a todo ser humano. Principalmente quando se é criança. Ou seja, todo mundo chora. Mas dentro do normal, isto é, sem extravagâncias, exageros e em certas circunstâncias isso é até bonito e emocionante. Agora, quando o choro é muito exagerado, anormal, costuma-se dizer que a pessoa está chorando como um BEZERRO desmamado. Muito embora, sabe-se que esse animal não é capaz de externar algo que não tem: sentimento, dó, compaixão, tristeza etc. Então, quando se depara com alguém nesse estado emocional fora do normal, o tempo para consolá-la chega a ser mais demorado e difícil, não resta dúvida.

Quem faz força é o BOI, mas quem geme é o carro.

Nos tempos antigos, nas fazendas principalmente, o meio de transporte mais usado era o carro de boi, também conhecido como carroça, puxada por um ou dois animais, podendo ser boi, burro, cavalo, jumento etc. Era muito usado para transportar cana-de-açúcar, capim, frutas etc. Como as rodas eram de madeira, à proporção que giravam faziam um barulho como se fosse uma espécie de gemido humano. Então, o significado dessa expressão sintetiza que um fato nem sempre corresponde intrinsecamente na sua origem, mas na sua consequência. Esse adágio popular é o paradoxo do outro que reza: “periquito come milho e papagaio leva a fama.”

Dar nome aos Bois

Quando ocorre uma denúncia, por exemplo, costuma-se usar essa expressão para exigir que o nome das pessoas denunciadas seja conhecido. Dizer que um ato ilegal e violento foi feito é fácil. Agora, dizer o nome do (a) infrator (a) são outros quinhentos, isto é, outra coisa bem diferente e muitas vezes, não muito fácil de revelar. Enrola-se daqui e dali e costuma-se omitir o verdadeiro autor até as últimas consequências. Portanto, dar o nome aos BOIS significa então acusar alguém nominalmente. O resto são conjeturas e suposições. Depois que se fala o nome, tudo se torna mais fácil para melhor averiguação da respectiva denúncia, seja ela qual for.

BOI lerdo só bebe água suja

A pessoa preguiçosa, sem iniciativa ou indecisa que fica adiando as coisas, os compromissos, por exemplo, procurar um emprego, fechar um contrato qualquer, participar de uma festa etc., quase sempre se decepciona com alguma frustração por causa dessa atitude tardia. Então, assim como um animal preguiçoso ao chegar ao bebedouro e só encontra água barrenta, suja, lodo ou até lama, uma pessoa que age assim não realiza jamais os seus objetivos de forma satisfatória e convincente. Sempre termina ficando em último lugar ou dificilmente consegue isso.

“O olho do dono é que engorda o BOI” (I)

Esse adágio popular é referente, em primeiro lugar aos negócios, isto é, comércio e microempresa. Literalmente é como se falasse assim: “se o dono não toma conta, não cuida, não zela do que é seu quem vai fazê-lo?” Portanto, assim como numa fazenda, o dono de qualquer negócio ou comércio tem que assumir de perto as decisões se não quiser vê-lo ir à bancarrota, à falência. Quem faz parte desse time, olho vivo no que é seu. Esse adágio popular tem praticamente o mesmo significado daquele que reza assim: “Quando os gatos não estão, os ratos fazem a festa”. Levando o sentido para o lado de trabalho, seja ele qual for, seria o mesmo que dizer: “Quando não há autoridade aí também não haverá respeito”.

JOBOSCAN
Enviado por JOBOSCAN em 17/05/2023
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