AMT comemora 54 anos com seu patrono homenageado na FeliS

Uma história de sucessivos fatos interligados. Assim foi a comemoração dos 54 anos da Academia Maranhense de Trovas (AMT) em meio à homenagem ao seu patrono, o professor, poeta, historiador e jornalista, Carlos Cunha, na 15ª Edição da Feira do Livro de São Luís, em 2022.

 

Em 7 de dezembro de 1968, Carlos Cunha fundou a Academia Maranhense de Trovas (AMT), com nove ilustres trovadores. No mesmo dia 7 de dezembro de 2021, na 14ª Feira do Livro de São Luís, foram empossados os novos membros da mesma Academia, depois de sua revitalização em 28 de agosto de 2021.

 

Em 2022, no período de 05 a 13 dezembro, Carlos Cunha foi homenageado na 15ª Feira do Livro de São Luís, juntamente com Maria Firmina dos Reis e Almeida Galhardo, o Poeta das Gaivotas.

 

E foi também na 15ª Felis, em 07 de dezembro de 2022, que a AMT celebrou seus 54 anos com uma mesa redonda e um sarau de trovas.

 

A “Multiplicidade de Carlos Cunha” foi a temática abordada durante a mesa redonda, conduzida pela presidente da AMT, a jornalista e escritora, Wanda Cunha.

 

Para falar sobre Carlos Cunha na sua multiplicidade de talentos, a mesa contou com a explanação do escritor e crítico literário José Neres; da presidente do IHGM, professora escritora, pesquisadora Dilercy Adler; do jornalista Djalma Rodrigues e da médica, ex-aluna de Carlos Cunha, Euzébia Braga Barbosa.

 

“Falar de Carlos Cunha é falar de sua multiplicidade de talentos e do homem que ele o fora: o escritor, o historiador, o professor, o jornalista, o declamador, o compositor, tudo em prol da cultura do Maranhão”, afirma Wanda Cunha, presidente da Academia Maranhense de Trovas (AMT).

 

A mesa redonda teve ainda a participação de Carlos Anaxímenes da Cunha, filho de Carlos Cunha e do ator Josimael Caldas, que declamaram trovas do homenageado. Também foi destacada sua face de compositor. De seus poemas e pesquisas, nasceram lindas composições com melodias do músico Oberdan Oliveira.

 

A comemoração da AMT não poderia ser diferente, senão, com um Sarau de Trovas com seus membros que dedicaram versos em homenagem ao seu patrono.  Durante a Feira também foi exibido o vídeo sobre a vida e obra de Carlos Cunha intitulado: “Carlos Cunha – O Caçador da Estrela Verde”, produzido pelas jornalistas FranciMonteles, Yndara Vasques e Wanda Cunha.

 

O homenageado – No cenário das letras no Maranhão, o ludovicense Carlos Cunha deu grande contribuição para a cultura em seu tempo. Foi um grande ativista cultural, membro de várias instituições, entre elas, a Academia Maranhense de Letras. Incentivador de novos talentos e coexistiu como se fosse muitos: poeta, crítico, ensaísta, cronista, jornalista combatente, professor e historiador; um trovador revolucionário e exímio declamador.

 

Ainda em vida, talvez prevendo sua breve passagem neste mundo, em 1986, aos 53 anos, Carlos Cunha publicou a obra “O Caçador da Estrela Verde”, em que escreve a própria biografia.

 

O escritor morreu em 22 de outubro de 1990, aos 57 anos, deixando um legado de 30 obras publicadas, algumas reeditadas, entre elas “Eu e a Academia Maranhense de Trovas”, cuja segunda edição foi organizada por Wanda Cunha, lançada em 2022 pela AMT.

 

 

 

Franci Monteles é jornalista e Diretora de Comunicação da AMT
Enviado por Academia Maranhense de Trovas em 27/03/2023
Reeditado em 27/03/2023
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