A BUSCA
Meus pensamentos ecoam, se perdem ao vento, às vezes me sinto perdido em meus próprios pensamentos. Não entendo o fanatismo de se esforçar tanto para descobrir os mistérios da vida, para me entender como parte dela, para me ver nela. Por que eu, uma simples criatura orgânica, preciso entender minha origem nesta confusa insanidade? Em um momento sou apenas uma vida pulsante e viva, no outro, busco respostas sobre a alma e o divino.
De repente, me vejo como tudo, com sonhos e objetivos para alcançar, mas logo em seguida meu reflexo reflete o nada, no vazio do meu corpo. Não encontro alma e começo a não compreender esta luta interior, este conflito amargo e incoerente que reluta em todos os cantos do meu "eu".
São tantas faces existentes no meu ser que se perdem nesta confusa interface entre o ser e o não ser, prosseguir ou regredir. E nesta busca, vou me perdendo neste eco que repete várias vezes a mesma pergunta: Quem sou eu? E na busca pela resposta, caminho clamando por uma verdade que satisfaça o meu coração, que me diga que este conjunto de partículas pensante e real não é somente uma vida orgânica e sem sentido, à espera de um final.
E nisto tudo me questiono se essa busca constante por respostas é realmente necessária, ou se é apenas um reflexo da nossa natureza humana de querer entender e controlar tudo ao nosso redor. Talvez seja melhor apenas viver e experimentar a vida, sem se preocupar tanto com as respostas. Talvez seja melhor apenas ser e deixar que a vida aconteça, sem se preocupar tanto com o que acontecerá no futuro.
Mas ao mesmo tempo, eu sei que essa busca por respostas é uma parte importante da minha jornada. É através dela que eu encontro significado e propósito em minha vida. É através dela que eu me cresço como individuo e me aproximo de minha verdadeira essência. Então continuarei com ela, mesmo que seja difícil e confusa, pois sei que no final, encontrarei minhas respostas e encontrarei a paz interior. E você, qual é a sua busca?