Diamante perdido
E mergulhei fundo no meu passado, abraçado às lembranças.
Nada mais importava. Nada mais fazia sentido.
Tudo aquilo que mais desejei na vida, lá ficou...
Dias virtuosos, quando ainda criança, meu pouco entender permitia usufruir largamente dessa felicidade.
Sonhos adolescentes e um mundo a desabrochar em minha frente, pronto para ser vivido.
A primeira paixão... A descoberta do amor.
E mergulhei em busca de momentos, em busca de respostas. Revirei o mar de minhas memórias, procurando encontrar em que tempo e em que lugar, permiti que a felicidade escapasse por entre os dedos de minhas mãos.
Ah! Se me fosse dado o poder de encontrá-la, eu a tomaria de tal forma a jamais permitir que de mim se perdesse outra vez.
Um diamante bruto! Assim a vida nos entrega a felicidade.
Muitas vezes não a reconhecemos e a atiramos longe, como fosse uma simples pedra.
Outras vezes, não sabendo de seu valor a trocamos por muito pouco.
Outras ainda, esquecemos que assim como os diamantes, a felicidade precisa ser lapidada, esculpida, trabalhada e guardada a sete chaves, no lugar mais seguro de nosso coração.
Assim, ela estará sempre à mão, para que dela possamos desfrutar, sempre que o destino exigir.