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Minhas lágrimas representam a minha dor.

Eu só queria que fosse diferente, só queria dizer que eu realmente estou feliz.

Muita coisa me machuca mas ninguém vê, eu sigo sorrindo.

Mas dói, e como dói.

Minhas dores são invisíveis pra você.

Será que é tão difícil enxerga-las?

Eu sigo tentando; sigo esperando o dia que eu não irei mais sentir nada. Eu espero que um dia toda essa dor que me cobre vá embora. E eu sei que os dia tendem a piorar, sei que a vida ainda vai me fazer chorar. Sempre que eu acho que já senti tudo vem a vida e me mostra que aquela dor não era nada, espera que vem pior, sempre vem. Acho que quando a vida termina a dor também sede como um laço rompido desvendando os olhos de quem realmente enxerga com a alma. Um dia tudo vai passar, eu não vou estar mais aqui, e talvez lá no fundo alguém vai lembrar de mim, e vai dizer: como era intenso o que ele sentia, sentia sem ver e sem pensar, sentia com a alma e o coração. Coração o qual está em pedaços faz anos, mas ele ainda batia, ele insistia em bater por que ele não desistia e sempre pensava que um dia aquela dor iria virar uma musica a qual ele dançaria na chuva, acompanhado, que seja com a solidão, mas ele não estaria só. A dor dele virou música, nem todos ouviam, por que na verdade nem todos entendiam. Mas os amadores de sentimentos estavam antenados de corpo e alma, uma frequência, uma batida, um som. Eu vou esperar o meu dia chegar. Ser feliz não é questão de estar aqui no mundo. Talvez pra ser feliz a gente precisa morrer e ser lembrado. Ser feliz deve ser memórias. Não quero desistir. Mas a vida me cobra algo que eu não posso mais exigir de mim. “SENTIR”.