INVENTEI DE INVENTAR
Quinta-feira. Sem ter o que fazer, inventei de inventar algo pra postar para os meus raros leitores. Com o Natal já apontando na esquina, comecei a reler um belíssimo e-livro do poeta Herculano de Alencar. De lá retirei um poema que posto aqui para vocês como um
Presente de Natal
Quantos dezembros, sempre acordado, ouvindo renas, sinos e trenós...
Eu e meus sonhos, quase sempre a sós, a espera do presente desejado!
Um olho semiaberto, outro fechado, enquanto não viesse a escuridão
que vinha, como fosse o bom ladrão, roubar-me a luz do sol pelo telhado.
A minha mãe, num beijo abençoado, saía, com sutil delicadeza,
deixando uma luz somente acesa: uma estrela no céu, todo apagado.
E vinha, de trenó, um sonho alado, teleguiado até ao meu desejo.
E minha mãe então me dava o beijo, Que me punha sonhar, mesmo acordado.
Herculano de Alencar, em seu e-livro METÁFORAS