Mentes Assassinas (Mind Killers)

"Disse, porém, Caim a seu irmão Abel: ‘Vamos para o campo’. Quando estavam lá, Caim atacou seu irmão Abel e o matou. Então o Senhor perguntou a Caim: ‘Onde está seu irmão Abel?’ Respondeu ele: ‘Não sei; sou eu o responsável por meu irmão?’

Disse o Senhor: ‘O que foi que você fez? Escute! Da terra o sangue do seu irmão está clamando. Agora amaldiçoado é você pela terra, que abriu a boca para receber da sua mão o sangue do seu irmão. Quando você cultivar a terra, esta não lhe dará mais da sua força. Você será um fugitivo errante pelo mundo’." (Gênesis 4:8-11)

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Sentimentos ruins apertam o homem de todos os lados. E, cansado de enfrentar seus medos, seus problemas, seus transtornos; ele pensa em dar um fim à própria vida. É assim que se sentem milhares de pessoas que, neste exato momento, estão atrás das grades, pagando pelos crimes que cometeram. Dentro de uma cela, abandonados, estão homens e mulheres que, num impulso, num momento de ira e raiva, optaram por agir de forma criminosa e se complicaram. Agora, resta-lhes contar os seus dias na prisão, como um animal qualquer, acorrentado e enjaulado.

No corredor da morte existem homens e mulheres que mataram e destruíram muitas vidas. Há casos de homens que exterminaram famílias inteiras. Também existem muitos jovens que entraram em escolas atirando em todo mundo; cheios de ódio, revoltados, de mal com a vida; querendo derramar sangue para chamar a atenção de seus pais, da mídia, das autoridades, do governo, etc...

E agora, vendo o relógio andar em “câmera lenta”, pensam em tudo o que fizeram. É claro que bate o remorso, o arrependimento, a angústia e o desespero. Mas, só na mente e nos corações daqueles que podem ser responsabilizados pelos seus crimes. O que temem um julgamento severo, tem suas faculdades mentais saudáveis. Estes são capazes de pensar no futuro, e sabem que o que os espera não é nada agradável. Mas, aqueles que sofrem de graves doenças mentais, e cometem crimes sem sentirem nenhuma pena de suas vítimas, estão longe de culpa ou remorso. Eles não sentem que prejudicaram pessoas inocentes. Não pesa sobre eles nenhuma dor, nenhum sentimento de culpa. A mente de um serial killer é estranha, confusa, complicada; porque ela não registra os sofrimentos, desesperos, agonia ou as dores de suas vítimas. Pelo contrário, esses psicopatas, em suas mentes doentias, registram “o prazer de matar”. Nada além disso.

Eu consigo ver o olhar deles, frio, calculista, totalmente gelado e alheio à dor de suas vítimas. Esses criminosos não esboçam reação, não derramam lágrimas, nem dormem com a consciência pesada após os seus crimes. Ao contrário disso, eles pensam constantemente em matar mais pessoas. Para eles, matar é um jogo! Nem as inocentes criancinhas escapam de suas armadilhas diabólicas. Enquanto escrevo, muitas cenas horríveis surgem em minha mente. Quantos casos bizarros já foram transmitidos na TV!? Quantos jornais foram impressos, mostrando crimes horripilantes!? Em vários países existem psicopatas, maníacos, serial killers, pedófilos, abusadores, homens e mulheres cruéis, perversos; verdadeiros monstros que chocaram a sociedade com os seus crimes. Mas, a pergunta que não quer calar é a seguinte: o que se passa na mente do assassino em série, que calcula, minuciosamente, como suas vítimas serão mortas? Como elas serão abordadas? Quais palavras serão usadas? Como será o diálogo com suas “presas fáceis” e o desfecho de tudo?

Me coloco a pensar na triste situação das vítimas que encontraram esses monstros à solta. A criança que confiou no “padre” de sua igreja. A menina da escola que pensava que o seu professor era igual o seu pai, bondoso, carinhoso e cheio de respeito. A mulher que chamou um táxi e nunca mais voltou para a sua casa. O funcionário de uma loja que, ao atender um “cliente” que chegou cheio de sorriso e um bom papo, nem desconfiava que ele era um criminoso e deixava um rastro de morte por onde passava.

E assim, todos acabaram sendo vítimas de homens ruins, cruéis e violentos. Pessoas que partiram deste mundo, da forma mais humilhante e covarde. Mulheres que foram levadas para dentro das matas, e depois de muitos abusos, tortura psicológica e violência, foram assassinadas; deixando para trás seus filhos, o esposo, a família. Ainda outras mulheres que, se apaixonando por um homem simpático, bonito, elegante; não perceberam que ele era um maníaco e acabaram perdendo suas vidas. Essas mentes assassinas são doentias e, cientificamente falando, não existe remédio para isso. Psicólogos e psiquiatras já estudaram esses casos a fundo. A ciência não consegue explicar o que, de fato, acontece na mente dos serial killers. Só foi constatado que eles precisam ser retirados da sociedade, por não terem condições de estarem no meio de outras pessoas. Essa situação é, mais ou menos, como aquela em que o criador de galinhas sabe que não pode deixar uma raposa dentro do seu galinheiro. O mesmo cuidado toma o pastor de ovelhas que vigia, constantemente, para que um lobo não as ataque durante a noite. São cuidados a serem tomados.

Vale aqui lembrar de uma frase, atribuída ao orador irlandês John Philpot Curran (1750-1817), diz assim: “O PREÇO DA LIBERDADE É A ETERNA VIGILÂNCIA”. Por isso, é dever de cada um ser o seu próprio vigilante, para não cair nas garras de um monstro cruel! O mesmo serve para a área de tecnologia, onde milhares de pessoas mal intencionadas espalham vírus e fazem “ataques hackers” à várias empresas. Tentando roubar segredos e informações sigilosas, para depois, ganharem dinheiro fácil, através de seus crimes cibernéticos. A verdade é que o mal está em toda parte, por isso, todo cuidado é pouco.

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Junior Omni - 2022

JUNIOR OMNI
Enviado por JUNIOR OMNI em 29/11/2022
Reeditado em 11/04/2023
Código do texto: T7660977
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