Adeus senzala

Do nho nada espero

A não ser que amarre e

mande o capitão do Mato

chicotear até eu desmaiar

Mas um dia vou embora

Vou fugir pra além

da serra adonde ouvi dizer

Que nego também é gente

Gente fazendo coisa de gente

Plantando, colhendo para comer

Sem senzala, dormindo tranquilo

Vou embora pra um quilombo

adode danço, canto e cultuo

meus orixas, santos da minha terra

E até mesmo os que foram

incorporados nesta terra

Vou pro quilombo viver livre

E resistindo quem vem

tentar me vencer

Vou me embora

para minha terra

que aqui se formo

Vou pro quilombo

vou me embora ,vou sim senhor !

A Guilherme Gonçalves
Enviado por A Guilherme Gonçalves em 27/08/2022
Código do texto: T7592385
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