Adeus senzala
Do nho nada espero
A não ser que amarre e
mande o capitão do Mato
chicotear até eu desmaiar
Mas um dia vou embora
Vou fugir pra além
da serra adonde ouvi dizer
Que nego também é gente
Gente fazendo coisa de gente
Plantando, colhendo para comer
Sem senzala, dormindo tranquilo
Vou embora pra um quilombo
adode danço, canto e cultuo
meus orixas, santos da minha terra
E até mesmo os que foram
incorporados nesta terra
Vou pro quilombo viver livre
E resistindo quem vem
tentar me vencer
Vou me embora
para minha terra
que aqui se formo
Vou pro quilombo
vou me embora ,vou sim senhor !