Auto análise
Tudo que inconsciente recusei ver, se solidificou e comprimiu o nervo óptico, causando a cegueira enevoada de um lado. Metade do que eu sabia se permitiu ignorar, preferindo o conforto da sombra da ilusão, o auto sabote do escudo cria uma fantasia para ‘proteger-se’ de uma verdade ‘inescondível’, já que a essência maior é indestrutível e indisfarçável, cada tentativa vã de maquiar é mal estar, é consolo da ilusão. Quando se encara com responsabilidade cada ínfima ação e pensamento, um frio espiritual desperta, e cobertor nenhum aquece. É como uma passagem para o desconhecido, o reconhecer da luz própria que também produz sombra, evidencia que as sombras alheias são também nossas, partilhadas no mesmo espiral de sensações. Ou seja, somos individualmente influenciáveis e responsáveis pelo coletivo. A própria existência é a escolha e o desafio.