Estranho

“Sou assim para mim mesmo.

Quantas foram às vezes que desejei mudanças?

E, assim és. Tudo muda!

Novamente um novo lugar mas, droga (!) aonde estou?

Não consigo dormir, pior (?) quando acordo não reconheço o lugar.

Perdido entre as paredes os meus olhos percorrem os cantos.

Se ao menos esta sala fosse redonda?

Assim não me esconderia, porque o pânico me toma de súbito, e o medo me domina.

Quero poder chorar mas, vão ouvir!

Vergonha, porque me atormenta?

Orgulho, porque ama tanto a minha vaidade?

O que mais? Já tomou o meu direito!

Não tenho por presente a minha capacidade de ambidestro?

Estou confuso, porque sei que não preciso perder para saber.

Amor por amor? Vida por vida? Tudo por nada e nada por tudo!

Quem consegue entender tais verdades (?) a não ser com seus próprios conceitos.

Porém, quando tudo vale. Vale tudo!

E, de novo estou aqui!

Até quando?

Mas, dê um 'Ctrl + Foda-se' em minhas lamentações!

E, feita seja (...) vontade!”

Alexander Moers

Curitiba – Pr

23/11/07