ATO DE PERDOAR

O perdão é atualmente um artigo raro. Não se consome muito e pior que isso: não há muito interesse da nossa geração em mudar essa realidade.

Perdoar é fácil? Não, não é. Viver com o coração amargurado, guardando rancor é bom? Não, não é. Então temos aí um impasse a ser resolvido. Cada pessoa tem um jeito de lidar com as decepções, com as frustrações. Mas perdoar tem que ser algo que a gente possa saber buscar, querer de verdade.

Porque o perdão é algo que tira o peso do mundo das nossas costas, limpa o nosso coração, deixa a nossa vida mais leve. E tudo isso tem o poder de cura, poder de nos fazer feliz. E para quem recebe, o perdão tem o mesmo efeito. Liberta a pessoa daquele fardo, da culpa. Todos saem ganhando.

Perdoar não é necessariamente esquecer das coisas. Longe disso. Perdoar também não é estar exposto a sofrer de novo. Mas perdoar é reconhecer que as pessoas erram, que são seres humanos, sujeitos a tudo. É acima de tudo, ter maturidade para lidar com o passado.

Perdoar é também um jeito de amar as pessoas, um jeito de amar o próximo. Todos nós somos seres imperfeitos, cheios de defeitos. Em algum momento da nossa vida, nossos defeitos vão incomodar alguém, cometer injustiça com alguém, vai ferir alguém. E iremos necessitar do perdão do outro.

A vida é assim. A gente precisa perdoar e precisa ser perdoado. Faz parte da caminhada. E isso é algo que precisamos ensinar ao nosso coração, treinar o nosso coração para isso. Não é fácil, mas quando a gente começa, não quer mais parar. Porque a gente descobre que a vida é mais leve assim.

Anderson Alcântara
Enviado por Anderson Alcântara em 19/03/2022
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