TEMPO DE AFETOS

É tempo de falar sobre afetos, sobre exercitar o afeto em tempos tão sombrios, sobre equilibrar o amor entre tantas balanças.

O ódio está na moda. Infelizmente! As redes sociais se tornaram o microfone do ódio, da agressão. A vida se tornou campo de batalha. E se luta por pouca coisa, por opinião, por preferência estética, por cor da pele, por jeitos diferentes de amar.

Junte-se a isso este tempo duro, sombrio de pandemia. Tempo de não estar perto, de guardar o abraço para depois do carnaval. De beijar por wi-fi. É tempo de economizar nos gestos, mas podemos usar as palavras como abraços, como beijos, como armas contra o ódio. Fazer coraçãozinho com as mãos ao invés de arminhas com os dedos.

Não podemos mudar o mundo. Mas podemos ser a mudança no mundo. Fazer diferente. Não aderir ao ódio, não ser discípulo deste sentimento tão destrutivo. Podemos ser embaixadores do amor, levar um pouco de luz a essas trevas todas. É uma decisão pessoal, é uma vontade que precisa nascer no nosso coração e começar a contaminar o mundo, contagiar outras pessoas.

Mesmo que tudo esteja dizendo o contrário, eu afirmo que é tempo de afetos, é tempo de dizer que ama, é tempo de cuidar, de ser generoso com as pessoas. A dor nos torna mais irmãos do que somos. É preciso que alguém comece a dizer ao mundo que agora não é tempo de batalhas, não é tempo de cada um correr para um lado. É tempo de estarmos juntos, de conectarmos nossos corações.

Eu digo não ao ódio, eu digo não a essa modinha! Eu digo sim ao afeto, ao amor, esse combustível capaz de mover a máquina do mundo para o lugar que sonhamos.

Anderson Alcântara
Enviado por Anderson Alcântara em 18/03/2022
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