Aos trancos e barrancos
Aos trancos e barrancos... do jeito que dá – ou, às vezes, nem dá – levo a vida sem me desesperar... ou a deixo me levar até ela não mais me aguentar e me largar em qualquer lugar... sacudo a poeira, dou a volta por cima, ou mudo a direção... pergunto pro coração, deixo a resposta com a razão... engulo as lágrimas... não permito à desesperança se instalar... e continuo a continuar... do jeito que dá... nem que tenha de me arraaaastaaaaar...
Nem tudo sai como planejado, sonhado, arquitetado... desilusão, escuridão... contramão... ou total falta de direção... com firmeza me equilibro... tantas rasteiras e eu nem ligo... sigo, e sigo...
Já percebi há muito que a teoria é boa... mas acaba quase sempre assassinada pela prática... e eu sou uma pessoa superprática, flexível... amargo, azedo, sem sabor... enfio goela abaixo... e me encaixo... aos trancos e barrancos... meus passos ninguém para...
sim....
vou pendurada na janela... quando a vida fecha a porta na minha cara...