O BURRO E O BODE!
O burro e o bode!
Vou me atrever a escrever uma Fábula, entre tantas existentes no compêndio literário desde antologias passadas.
Certa vez um burro velho e cansado da sua carroça, aposentou-se da vida de ambulante para gozar da ociosidade comum a todo velhaco.
Na sombra e água fresca mascando seu capim colhido com sua própria mandíbula refastelado no pasto da manada observa o bode trepado na rocha acidentada do campo. Um mamífero vegetariano como todo ruminante, inquieto e petulante gozando da aposentadoria sem ter trabalhado como o burro ao seu senhor.
Como pode esse cornudo gozar do ócio sem ter contribuído com a sua aposentadoria?
Dei a minha contribuição trabalhando no sol e na chuva, de dia e de noite para usufruir os meus direitos de viver o resto da vida sem trabalhar, enquanto esse vive como tal injusta e imperfeita condição de aposentado.
A legislação protetora dos animais protege a ambos em igualdade de condições sem considerar a mais-valia de cada bicho. O mundo animal quer ter os direitos do homem sem serem humanos e racionais como é o burro na sociedade antropológica.
O burro não é besta mas o bode é cabra-macho.
Chico Luz