Das vezes que morri...

A primeira vez aconteceu quando acreditei que existiam vidas mais importantes e preciosas do que a minha. Sabe o que é mais estranho? Confundi auto abandono com humildade!

A segunda vez foi quando acreditei na vida ideal, segura e confortável, não sabia mais lidar com as mudanças.

Depois disso foram acontecendo outras mortes. Recordo-me de ter perdido partículas de vida diariamente, com meus medos e frustrações. Daí em diante foram sucessões de pequenas mortes.

Morri no dia em que disse NÃO, mas o coração gritava SIM.

Morri no dia em que abandonei meus projetos

No dia em que senti preguiça

Quando fui ignorante e desumana comigo mesma.

Morri no dia em que troquei afeto por comodismo

E amor por amargura...

Algumas vezes morri por abrir mão dos meus sonhos. Também teve as vezes em que acreditei nas críticas mais cruéis de pessoas, a pior delas? Eu mesma!

Morri no dia em que olhei minhas rugas e não o meu sorriso...

Quando me tornei escrava das indecisões...

Mais um pouco quando acreditei que preço era mais importante que valor

Sabe ...

A gente morre sempre que troca o hoje pelo amanhã, sabe porque?

O amanhã nem chega!

De todas as vezes que morri, nenhuma vez foi de causas naturais... Fui morrendo aos poucos em razão dos meus abandonos.

ESTELA MARIS SC
Enviado por ESTELA MARIS SC em 26/07/2021
Código do texto: T7307925
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