Das vezes que morri...
A primeira vez aconteceu quando acreditei que existiam vidas mais importantes e preciosas do que a minha. Sabe o que é mais estranho? Confundi auto abandono com humildade!
A segunda vez foi quando acreditei na vida ideal, segura e confortável, não sabia mais lidar com as mudanças.
Depois disso foram acontecendo outras mortes. Recordo-me de ter perdido partículas de vida diariamente, com meus medos e frustrações. Daí em diante foram sucessões de pequenas mortes.
Morri no dia em que disse NÃO, mas o coração gritava SIM.
Morri no dia em que abandonei meus projetos
No dia em que senti preguiça
Quando fui ignorante e desumana comigo mesma.
Morri no dia em que troquei afeto por comodismo
E amor por amargura...
Algumas vezes morri por abrir mão dos meus sonhos. Também teve as vezes em que acreditei nas críticas mais cruéis de pessoas, a pior delas? Eu mesma!
Morri no dia em que olhei minhas rugas e não o meu sorriso...
Quando me tornei escrava das indecisões...
Mais um pouco quando acreditei que preço era mais importante que valor
Sabe ...
A gente morre sempre que troca o hoje pelo amanhã, sabe porque?
O amanhã nem chega!
De todas as vezes que morri, nenhuma vez foi de causas naturais... Fui morrendo aos poucos em razão dos meus abandonos.