Da (in)utilidade

⁠A utilidade das coisas inúteis... A inutilidade das coisas úteis.

Qual a utilidade de uma pedra? Sim, de uma pedrinha na imensidão de pedras em uma enorme pedreira?

Qual a utilidade de uma estrela na imensidão do Universo, no meio de uma infinidade de estrelas irmãs?

Qual a utilidade de uma folha no meio de tantas folhas nas cerradas florestas por este mundo afora?

Qual a utilidade de uma gota de água do imenso oceano? Nos rios, nos lagos e lagoas... córregos e riachinhos pequenininhos?

Qual a utilidade de um pequenino peixinho em um cardume de milhares de milhares?

Qual a utilidade de um grão de areia... de uma abelha... de um pássaro... de uma formiguinha... de um grãozinho de pólen...

Qual a utilidade do milésimo de segundo que está passando agora enquanto você lê esta palavra?

Qual a utilidade de uma vida inteira que acaba invariavelmente em morte?

Seria menos uma... você pode me dizer. Sim e daí? Utilis inutilis.... mas isso são apenas divagações inúteis...

Ignore o que escrevi. É tudo inútil.

Tudo é inútil. Inútil até é eu mandar você ignorar.