Dia

Todos os dias, iguais
não, não são.
Oportunidades, sempre
mas que chatice
eu as rejeito todas.
Entrega total, abandono
dormir, dormir.
Dia interminável
mas inútil.
Porque assim o quero
Dia de Ação de Graças
tem não tem?
Só não sei qual.
Mas, é assim os
desfaço, interessante
mas lá no fundo, sempre
a esperança, mas do que?
Morte uma certeza
No entanto é o que
menos pensamos.
Pode não haver
o amanhã.
Mas sempre há
não gosto.
Aceito-os, todos
até agora, embolo
enrolo, e não faço
nada que presta
com eles.
Mas o que presta?
Gotas de chuva na janela.
Eu deitada, cobertor
com um buraco e esse
buraco tem uma
estória triste, não
vou conta-la
agora não, sem vontade.
Escritores sem inspiração
e brigando, parecendo
crianças.
Fico de fora, só assisto.
Sempre faço isso.
Acho que está ficando
tudo saturado, sem
graça, repetitivo.
Falar em amor
também cansa.
Vive-lo, bem melhor...
martamaria
Enviado por martamaria em 07/11/2007
Código do texto: T727293
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