Depois
A gente vai deixando de fazer tanta coisa, de amar tantas pessoas. Vai deixando tudo pra depois.
Depois eu faço, depois eu falo, depois. E nesse depois, vão formando arrependimentos, lacunas que nada preenche. Mas logo isso muda, e no lugar do depois, vem: DEVIA TER FEITO ANTES.
Possuímos o relógio, mas não o tempo. Esse é livre, passageiro e único.
Visitas que nunca fizemos. Mensagens que nunca enviamos ou, não respondemos. O curso que não fizemos. Aquele cachorro que nos fez sorrir no pet shop, mas que não levamos pra casa, ou a planta que todo dia dizemos que vamos comprar. Aquela dor chata que nunca fomos tratar.
Aquele me perdoe, que nunca pediu alguém, ou aquele, eu te perdoou. Pois é, o depois te rouba. Rouba a vida no agora, o sorrir agora, o fazer sorrir agora.
Chegamos sem cumprimentar. Saímos sem nos despedir. A pressa, o tô nem aí...
Logo menos, seremos apenas uma lembrança na vida das pessoas ou nem isso, se não formos realmente capazes de viver pelas pessoas e para as pessoas.