A gente veio aqui para beber ou para conversar??

O trabalhador comumente, nos feriados e/ou nos finais de semana, quer aproveitar o dia deleitosamente, sem se aborrecer com conversas que relembrem problemas.

Mas, se se pensar bem, problemas não deixam de existir porque se deixa de pensar neles. Cedo ou tarde eles aparecem urgentes na cara do cidadão, exigindo uma solução.

Por outro lado, a prática de reuniões, para debater temas referentes ao local onde o indivíduo mora e vive, é quase inexistente no Brasil.

No Brasil, tem-se a ideia equivocada de que o saber político se aprende na escola. Todavia, aprende-se a praticar conscientemente a política dialogando, por meio de conversas com pessoas da comunidade, da família , escola, templos etc.

Veja bem, eu disse "dialogando", o que requer reflexão sobre se aquilo que se diz/fala/expressa acontece mesmo na realidade. E esse aprendizado é prático, quanto mais se conversa e reflete, mais se aprende.

Ou seja, ouvir, balançar positivamente a cabeça e adorar políticos profissionais não lhe ajudam a aprender a política, muito menos a usar o saber político para desenvolver sua comunidade e, consequentemente, sua vida e de sua família.

Para usar a política a seu favor, você precisa saber qual o SEU (de você) verdadeiro papel na sociedade; qual o papel do Estado (entidade que suga sua remuneração por via dos tributos); qual o papel dos governantes (pessoas que ocupam cargos executivos do Estado); qual o papel dos parlamentares (pessoas que DEVEM representar o interesse dos seus eleitores).

Depois de saber disso, é necessário se perguntar se cada um está desempenhando bem as tarefas que lhe cabem na prática, e, com isso, se há desenvolvimento na sua (de você) localidade.

Pois bem, avaliar o efeito das ações dos governantes/parlamentares na sua comunidade e, consequentemente, na sua vida é tema que deve ser pensado e debatido nas necessárias reuniões comunitárias do cidadão para tal fim. Isso é responsabilidade de todo e cada um ser humano adulto, se ele não quiser passar o resto da vida explorado/sugado pelos poderes dominantes.

Então, ainda que se deseje momento certo para relaxar (no caso beber), deve ser separado um horário importante na vida do cidadão para refletir sobre a política na sua vida e, evidentemente, o poder que possui a sua voz, o seu voto.

Certamente depois dessa prática de reflexão política, nunca mais o voto do cidadão será displicentemente depositado na urna, mas com a consciência de sua importância para o progresso de todos da sua comunidade.

Assim eu vejo um grande futuro para todos os brasileiros.