Cuidar de um cachorrinho cheiroso ou de uma criança fedida
Noticiaram que, em 2020, foram movimentados R$ 17 bilhões no comercio de alimentos, roupinhas e brinquedos para cachorros e gatos de estimação. É um fato econômico que aponta o ridículo irresponsável e individualista de uma sociedade que gasta boa parte dos seus rendimentos com seus "bichinhos", num pais que apresenta 14 milhões de miseráveis (pessoas que vivem com R$ 151,00 por mês) e 52 milhões de pobres (pessoas que vivem com R$436.00 por mês).
Há mais animais do que crianças nos domicílios. Segundo o IBGE, na PNS 2013,(Pesquisa nacional de Saúde 2013), em cada 100 famílias 44 possuíam cães e 36 crianças. É o fim do amor, da solidariedade. É o escândalo moral da substituição do objeto do afeto: ao invés de uma pessoa ama-se um animal.
Sejamos mais solidários e pensemos nos nossos irmãos que passam fome, não tem uma moradia digna, não tem o que vestir,
não tem acesso ao transporte, à saúde publica, analfabetos funcionais e doentes.
Proponho altos impostos para os cidadãos que possuem animais em seus domicílios com gastos elevados. Poderíamos dirigir esses recursos para os programas de atendimento à miséria.